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Por El País

Assim que as Forças de Defesa de Israel (IDF) tiverem a autorização para avançar sobre a Faixa de Gaza, as suas tropas terão uma das maiores forças de qualquer exército: os tanques Merkava IV e a sua última variante, conhecida como Barak. Os veículos militares de última geração de Israel são um dos principais ativos de suas forças armadas na futura ofensiva terrestre.

Esses tanques tem câmeras e sensores avançados para detectar possíveis ameaças. Além disso, possuem um computador que utiliza inteligência artificial e um sistema chamado Trophy que serve de escudo contra ataques de mísseis. O exército israelense afirma que os Merkava IV “obrigam qualquer outro tanque a ficar de joelhos”. De acordo com o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), a frota de tanques de Israel excede 2.200 unidades, embora os Merkava IV representam apenas um quinto.

Merkava IV: tanque de última geração isarelense é o principal ativo das tropas do país em eventual ofensiva contra Gaza — Foto: Arte O Globo
Merkava IV: tanque de última geração isarelense é o principal ativo das tropas do país em eventual ofensiva contra Gaza — Foto: Arte O Globo

Omar Dostri, especialista em segurança nacional do Instituto de Estratégia e Segurança de Jerusalém, afirma que estes veículos modernos são cruciais para “destruir alvos que não foram eliminados durante os ataques aéreos ”, disse por e-mail. Além disso, argumenta ele, farão parte da incursão terrestre em Gaza para proporcionar “maior segurança contra lançamentos de mísseis".

Como um dos dos principais trunfos do Merkava IV, este especialista destaca:

— O seu sistema de proteção é particularmente benéfico em cenários de combate urbano.

A batalha que Israel pretende travar tem características muito complexas. A última ação dentro de Gaza foi em 2014. Em quase uma década, acreditam os especialistas, o Hamas certamente melhorou as suas tácticas de ataque e aumentou os locais onde se pode esconder.

— O Hamas pode montar armadilhas e emboscadas para as forças terrestres das FDI, bem como minar estradas com explosivos ou recorrer a atiradores de elite nas ruas mais estreitas por onde esses veículos passarão —, explica Dostri.

Gian Gentile, coronel americano aposentado e pesquisador do centro de análise RAND, concorda que o combate terrestre será travado corpo a corpo.

— O Hamas provavelmente lutará em pequenas equipes de duas ou três pessoas em estilo de guerrilha, para que possam facilmente se esconder e montar armadilhas improvisadas —, disse ele por telefone.

De acordo com estimativas do IISS publicadas em 2022, as Brigadas Ezedin al Qasam, o braço armado do Hamas, tinham entre 15 mil e 20 mil soldados. Em relação ao Merkava IV, o especialista afirma que os tanques “são fáceis de conduzir. Com duas semanas de treinamento, qualquer soldado poderia fazer isso.”

O verdadeiro desafio, porém, está em manobrar os veículos militares em meio às montanhas de escombros deixadas pelos ataques aéreos e os obstáculos que o Hamas pode construir.

Operação multidimensional

Outra dificuldade para o enfrentamento do exército israelense é o sistema subterrâneo de túneis, conhecido como o metrô de Gaza, controlado por Hamas. A rede, que a milícia garante se estender por 500 quilômetros abaixo do pequeno território, funciona como refúgio, ponto de comando e meio de locomoção sem ser detectado pelos sistemas de vigilância de Israel.

— Há dispositivos que monitoram o calor ou o ruído, mas a complexa geologia da zona e a infraestrutura construída ao redor [do metrô] dificultam o ataque com precisão —, disse Scott Savitz, engenheiro e analista sênior também do centro RAND.

Os tanques deverão ser usados, segundo Gentile, para destruir as entradas e saídas desses túneis. No entanto, foi demonstrado que os pontos de acesso muitas vezes são construídos próximos a edifícios e locais com civis. A UNRWA, a agência da ONU para refugiados palestinos, denunciou, no ano passado, que um desses túneis passou por baixo de uma de suas escolas. Uma operação empreendida por Israel em 2014 por dois meses tinha entre seus objetivos inutilizar esta rede. No entanto, a magnitude da destruição, segundo Hamas, foi mínima.

Então, os tanques são suficientes para a ofensiva? Os especialistas consideram que, apesar de sua potência de ataque e seu sistema de segurança, o exército israelense deverá iniciar uma “operação multidimensional” se quiser alcançar seu objetivo.

— Junto com os tanques, a infantaria e as forças especiais devem ser apoiadas pela artilharia, além dos ataques aéreos e navais —, propõe Dostri.

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